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Para vencer o inimigo invencível

Posted by Thiago Santana on 20:55

Como um velho mago, um velho druida, um velho ser sábio, contudo oco. Esse sou eu.
Querendo viver sozinho, quieto no meu canto. Mesmo sentindo falta de todo mundo.
Existe um cansaço em mim, um pouco da vida, um pouco das pessoas, do ambiente familiar, dos amigos, do trabalho.
Como um velho, mas um velho sem memórias boas, ou melhor, um velho sem memória, um velho sem passado, um velho sem lembranças. Esse eu queria ser.
Como um velho com Alzheimer (e Deus me perdoe por essa bobagem) que vai perdendo a memória, contudo sem medo, sem dor, sem perceber, sem entender, sem sofrer.
Talvez quando eu fique velho, ou até mesmo amanhã, eu ache tudo besteira, ache tudo uma grande piada.
Hoje, contudo, queria me deitar na cama, como um velho, sem saber se meu último suspiro será aquele, ou se verei novamente a luz do sol, tendo no amanhã a certeza que a velha amiga me visitaria e me levaria. Não, não por vontade, já passei desta fase, apenas porque quando estamos velho as certezas viram verdades: "Você vai, como todo mundo, mas pela lei natural da vida, você vai logo!".
É por isso que queria ser um velho, porque ele sabe como vencer o inimigo invencível, porque de fato, ele enfim venceu.
Mas para se saber isso, é necessário viver a vida toda para saber. Você vai enfrentando o inimigo invencível toda vida, sem parar um segundo.
Então cheguei no ponto chave do meu besta desabafo de hoje.
Algumas pessoas me vêem assim, como Senhor da Sabedoria, aquele que sabe sempre mais que aquele do lado. Talvez em alguma fase da minha vida, isso tenha sido bastante bom, mas hoje não, (...é necessário viver a vida toda para saber...) hoje o Thiago que existe não sabe muito, erra muito e vive se policiando para se meter menos na vida das pessoas. Hoje o Thiago que existe se despreza ao perceber que viu o outro como inferior ou que feriu alguém em algum sentindo (o que mais falo nesse blog), isso não significa que não exista mais isso em mim ou que e breve estará resolvido, porque eu acredito que quando estiver perto de resolver ou quase resolvido, se for pela lei natural da vida, eu partirei.

Ou seja, talvez eu até pareça com o Merlin, Dumbledore e etc, mas só a velhice, só aquilo que o avançar da idade traz de ruim, só a capa.
Por dentro, talvez eu seja como os três irmãos Antíoco, Cadmo e Ignoto, o metido a besta, o loucamente apaixonado e o perspicaz, contudo ainda não sei para que lado minha alma vai ceder.

#Mas isso é algo que só a velhice pode dizer.

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Um pouco de mim é Voldemort.

Posted by Thiago Santana on 17:04
Quando você quer ir embora,
E sabe que isso pode machucar alguém,
O que se deve fazer?
Quando você tem que ir embora,
E percebe que não vai deixar somente uma pessoa,
O que se deve fazer?
Eu tive uma idéia não muito boa.
Percebi que de alguma maneira você sempre vai ferir alguém,
Mas quando se vai embora, existe uma forma especial.
Não boa, mas...
É necessário um grande processo, algo como fazer uma horcrux.
Ou seja, matar.
Matar na pessoa tudo que ela vê em você,
Tirar dela tudo que ela acha que você é.
Pegue de volta o amor que você deu.
As boas imagens, as coisas boas.
O pedaço de alma que você colocou na pessoa, retire-o.
Contradição, para fazer uma horcrux é preciso deixar a alma...
Mas, não é o outro que você tem que matar, mas sim você,
Em suas mentes e seus corações.
Apenas para você conseguir ir embora,
De verdade, é um caminho sem volta,
Porque no final, eles vão te expulsar ou apenas não vão te querer.
E por fim, você irá, para sempre.
Um pouco maquiavélico, um pouco Voldemort.
Um pouco cruel, contudo bastante real.

Sim, começou.

#Preciso dizer que nunca pensei que seria fácil, mas ainda assim me parece muito pior.

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Para nunca mais sentir o calor da luz dos seus olhos.

Posted by Thiago Santana on 17:09
A primeira vez que li nossa história,
Eu acreditei em contos de fadas.
Era tudo muito lindo, encantado.
Então, por um segundo, um gesto...
Eu percebi que tudo era minha imaginação,
E tudo se esvaiu como fumaça no vento.

Mesmo assim eu não desisti.

A segunda vez que li essa história,
Acreditei que conseguiria.
Achei que tinha chegado á hora,
Achei que você sabia.
Contudo, numa noite tudo se foi...
As cores perderam sua beleza.

Mesmo assim eu não desisti.

A terceira vez que li minha história,
Eu senti meus pulmões cheios de felicidade,
Voltou toda minha insanidade,
Eu achei que poderia ser,
Mas não foi.


E enfim chegou ao fim.

Desculpe, desculpe por ter sido fraco, mais uma vez.
Desculpe, por ter que ir, outra vez.
Desculpe por não ser aquilo que você precisa.
Desculpe não ser parte dos seus planos.
Desculpe por não passar, em sua vida, de um engano.
Desculpe por ser dramático, e nem conseguir sair sem drama.
Desculpe por deixar você ver meu coração chorar.
Desculpe, porque mesmo eu indo, por toda minha vida eu vou te levar.

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